Relação entre obesidade e depressão na adolescência
Daniela Levy, Psicóloga do Instituto Movere
15 de dezembro, 2005

Em média 5% das crianças e adolescentes nos Estados Unidos sofrem de depressão.

Um estudo do Jornal de Pediatria analisa a relação entre a depressão ser um fator que pré- dispõe o adolescente a ser obeso. Este estudo sugere que adolescentes deprimidos tendem a ter mais tendência a obesidade do que os adolescentes que não apresentam depressão.

A pesquisa envolve 9374 adolescentes que preencheram questionários de depressão e foi calculado o índice de massa corpórea no início da pesquisa e depois de um ano.

Este estudo concluiu que adolescentes deprimidos apresentam um risco aumentado de desenvolver ou manter a obesidade durante a adolescência. Muitos fatores podem influenciar o ganho de peso em adolescentes deprimidos, mas o que se pode observar mais é o comer em excesso como resposta a emoções negativas ou fatores biológicos que acompanham a depressão.

Por esta razão, o estudo acredita que a prevenção e o tratamento envolve a compreensão dos fatores biológicos e sociais que influenciam na depressão e obesidade.

Sinais de depressão nos adolescentes

Adolescentes que apresentam mais riscos de depressão são aqueles que estão submetidos a stress, que vivenciaram alguma perda ou com desordens de ansiedade.

Adolescentes deprimidos apresentam um ou mais dos seguintes sinais e sintomas:

- Cansaço freqüente, choro, sentimento de desesperança.
- Interesse diminuído nas atividades.
- Baixa energia.
- Extremamente sensíveis a rejeições.
- Aumento da irritabilidade e nervoso.
- Queixas físicas freqüentes como dor de cabeça e estômago.
- Queda do rendimento escolar.
- Alteração do sono.
- Perda do apetite ou comer em excesso.
- Dificuldade de concentração.
- Abuso de álcool ou drogas.
- Pensamentos suicidas ou comportamentos autodestrutivos.

Os adolescentes que apresentam depressão necessitam de ajuda, pais e professores precisam estar atentos aos sinais de depressão nos adolescentes, pois é importante que se faça o diagnóstico e tratamento cedo.

O tratamento deve incluir terapia individual e familiar como também em alguns casos medicamentos antidepressivos devem ser utilizados.



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