Aspectos psicológicos da obesidade.
Daniela Levy, Psicóloga do Instituto Movere
3 de novembro, 2004

Nos primeiros meses de vida já percebemos que há mais coisas envolvidas no comer do que a mera sustentação do físico. O bebê percebe que quando tem alguma necessidade e chora, alguém traz comida e carinho.

Começamos então associar o comer com o prazer, com receber carícias físicas.

Mais tarde, se a pessoa não recebe amor e contatos físicos suficientes, ou sente algum outro tipo de desconforto, ela pode tender a ficar com fome, pois quando era criança ter a fome saciada estava associado a ter suas necessidades afetivas supridas.

Comemos muitas vezes por alguma dificuldade que enfrentamos, quando estamos tristes, ansiosos ou nervosos. É importante reconhecer as necessidades do corpo, pois quando reconhecemos estas necessidades insatisfeitas podemos, então, achar modos mais diretos e eficientes de preenchê-las.

Várias podem ser as repercussões psíquicas quando um indivíduo está acima do peso; a pessoa tem sua auto-estima rebaixada, se isola por vergonha e discriminação, fica ansioso, deprimido e às vezes a obesidade é até motivo de brigas na família.

É importante a atuação de uma equipe multiprofissional no tratamento do obeso. A psicoterapia é fundamental, pois irá auxiliar o indivíduo a reconhecer melhor suas necessidades, a lidar com estas e estimular a expressão dos seus sentimentos.




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